15.6.09

História sem fim

Nasci num dia desses empoeirado de sol. Nasci mesmo meio sem data para acontecer, como quem nasce e vai sendo. Meu primeiro berço era todo pardo, escrito alguma coisa como "cuidado frágil". O primeiro chinelo ganhei já com três números sobrando pelos contornos do pé. Usei até meu pé ficar pelo menos dois dedos maior que o calçado. Ganhei outro quando começei a ir para a escola. Entre a aula da manhã e o pensamento na sopa de cenoura, sempre fiquei com a sopa de cenoura.

3 comentários:

Paula de Assis Fernandes disse...

e eh por isso que eu gosto d'oce...
ps. final de semana to aih!

Alisson da Hora disse...

Gostei!

Scheyla disse...

no comecim lembrei das palavras do chico buarque: "quando nasceu meu rebento, não era o momento dele rebentar. veio com a cara de fome e eu não tinha nem nome para lhe dar".
abraço drika-lá-lá.