19.2.18

bendito

se miro a forma
refaço a ilusão
bendito amor
que já é tudo

mar

no dia em que me habitei
milênios depois do mar
morei no vento
na casa onde dançamos
pra diluir os ossos e montar novas asas

histórias

um minuto, desenho a sós
no peito um forno de barro
curando nossas vozes cardíacas
vou ali, pedir histórias de voar
me trazer inteiras faíscas
sol e fogo
frente à lua tardia