15.7.09
Lembrança de hortelã...
Ontem o breve lembrar do gosto-cheiro de bala de menta me embriagou as noções. Parece que voltei na criança cheia de "porque isso?, quero aquilo!, vamos brincar de pique-esconde?, eu vi um sapo rosa-choque cum cabelo amarelo-miojo, olhando do poço pra mim!". Tudo junto com a minha mãe ao redor do fogão à lenha mexendo a polenta para poder alimentar os pensamentos daquela criança de bruços no soalho, pedindo para que a mãe meticulosamente cuspisse com o dedo letras no ar. Letras ainda não alfabéticas, tão tortas e, sem saber como, corretas no seu jeito de nascer e desembrutecer o mundo. Eram as primeiras letras da vida inteira da criança que com um breve gosto de bala de menta na boca pensa agora feita. E vai se fazendo sempre, feito frase com três pontos de nunca-fim...
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3 comentários:
E se as crianças, ao invés de abrigatóriamente aprenderem essas letras velhas, pudessem usar sempre as letras novas que elas a toda hora inventam. Não seria o mundo mais diverso, e nós mais livres???
Drika, vc é linda, flor! E ler seus textos me dah uma saudade de vc...
Amei!
Um dos textos dos mais bons e cheirosos!
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