8.8.15

seu eu tivesse um sonho os gigantolezes teriam me esmagado?

andava eu pelas ruas, descalça, notando o vento, querendo saber dos poemas do mar, do encontro com o som do deus-montanha. encontrei muitas fortunas-s-sentimentais, pauzinhos de amor-liberdade. encontrei na eira um vidrinho pequeni_ninho com uma história dentro. não era escrita, falada, encenada, tele—viosio—nada, nada disso. vinha com ele o inimaginado mundo.  
isso não tem na TELE__VISÃo.
então fui mais alto, olhei lá no fundo. 
do mundo do vidrinho tinham botões amalgamados. 
dos que são misteriosos e pretensos às aptidões de um CéuEstrelado. alguns quatro, outros dois furos. alguns Azuis, todo o resto cor-de-triste. [desde pequena Tenho dúvidas Azuis que me dão dores de cabeça Amarelas]. 

aqui, e fui; pelo caminho da Coralina. tão miudinha, tão corajosa. peguei para mim o vidro-SEDUtor sem entender bem o que tinha de história dentro - daqueles botões – do vidro.

inimaginado-mundo, tão óbvio quanto circular. desmovimentei ideias inimanoelas, inimanoeladas e entendi: apreendemos mais acordados. para quase todo lugar que eu, o vidro ia junto. quase quase adjunto do meu Ser. e os botões de costura lá, tentando me dizer algo. eu tivesse, como se eu tivesse. em um sonho os botões poderiam se tornar gigantolezes e teriam me esmagado. seu eu tivesse um sonho os gigantolezes teriam me esmagado? depende. quanto eles me afetaram? talvez.

demorei um nanotempo, floresci de novo. é também bom folhas secas caírem e voltarem ao ciclo. daí folhas verdes, verdeci. que então tal rasco tinha passado o tempo, falando de um tempo que nem tinha mais. espaço de tempo. é que tem mais: roubei  o vidro que tinha dentro o passado de alguém. ainda assim segui pisando nas barbas do mundo, querendo ver a deusa-gafanhoto e os furaCÕES. mas lá intra tinha ainda o passado de alguém, SEduTOR. sabia pouco se eu apegava aos botões. INDE_CISÃO. mas o que eu faria com aquele passado alheio todo? jogo na prisão ou amarro numa AsaDelta? tranco no porão ou Levo para a floresta?


e com o tempo [não o mesmo] você vê que poeira dançarina no sol é profundeza. e é de graça. o coração vira Corassauro e ARCO- ÍRIS. 
foi assim. entendi. 
era bom que eu mesminha soltasse aquele passVidRo. o passado que não era meu: devolvido. em conjunto, agradecimentos. quanta coisa, quanta! e eu ainda não descobri nada sobre o gigantolez. 

Nenhum comentário: