andava eu pelas ruas, descalça, notando o vento, querendo
saber dos poemas do mar, do encontro com o som do deus-montanha. encontrei
muitas fortunas-s-sentimentais, pauzinhos de amor-liberdade. encontrei na eira um vidrinho pequeni_ninho com uma história
dentro. não era escrita, falada, encenada, tele—viosio—nada, nada disso. vinha com
ele o inimaginado mundo.
isso não tem na
TELE__VISÃo.
então fui mais alto, olhei lá no fundo.
do mundo do vidrinho
tinham botões amalgamados.
dos que são misteriosos e pretensos às aptidões de
um CéuEstrelado. alguns quatro, outros dois furos. alguns Azuis, todo o resto
cor-de-triste. [desde pequena Tenho dúvidas Azuis que me dão dores de cabeça Amarelas].
aqui, e fui; pelo caminho da Coralina. tão miudinha, tão corajosa. peguei para mim o
vidro-SEDUtor sem entender bem o que tinha de história dentro -
daqueles botões – do vidro.
inimaginado-mundo, tão óbvio quanto circular. desmovimentei
ideias inimanoelas, inimanoeladas e entendi: apreendemos mais acordados. para
quase todo lugar que eu, o vidro ia junto. quase quase adjunto do meu Ser. e os
botões de costura lá, tentando me dizer algo. eu tivesse, como se eu tivesse.
em um sonho os botões poderiam se tornar gigantolezes e teriam me esmagado. seu
eu tivesse um sonho os gigantolezes teriam me esmagado? depende. quanto eles me
afetaram? talvez.
demorei um nanotempo, floresci de novo. é também bom folhas secas
caírem e voltarem ao ciclo. daí folhas verdes, verdeci. que então tal rasco
tinha passado o tempo, falando de um tempo que nem tinha mais. espaço de tempo.
é que tem mais: roubei o vidro que tinha
dentro o passado de alguém. ainda assim segui pisando nas barbas do mundo, querendo
ver a deusa-gafanhoto e os furaCÕES. mas lá intra tinha ainda o passado de
alguém, SEduTOR. sabia pouco se eu apegava aos botões. INDE_CISÃO. mas o que
eu faria com aquele passado alheio todo? jogo na prisão ou amarro numa
AsaDelta? tranco no porão ou Levo para a floresta?
e com o tempo [não o mesmo] você vê que poeira dançarina no sol é profundeza. e é de
graça. o coração vira Corassauro e ARCO- ÍRIS.
foi assim. entendi.
era bom que eu
mesminha soltasse aquele passVidRo. o passado que não era meu: devolvido.
em conjunto, agradecimentos. quanta coisa, quanta! e eu ainda não descobri nada
sobre o gigantolez.
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