residir é transitório. morada se faz no tempo.
a vida é tão relativa. tão súbita, sem sobrenome.
impermanência.
lá vem o mês de maio pisando minha horta com vento.
entre você e eu há tanto. há mais que o segredo mês passado. há séculos.
há coisa, há magma, mandala, açúcar,
e tem talvez uma pena,
uma caneta,
uma fotografia,
pode ter um riso profundo.
que esse mar transborde, se passe da minha janela
invada meus poros secos, traga cheiro e fagulhas.
meses de maio não são para ser no plural se a cada instante o novo alcança o verde.
e eu aqui, achando a cor amendoada triste.
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